A Crioterapia, ou terapia do gelo, é uma técnica amplamente utilizada no mundo esportivo e na medicina para acelerar a recuperação muscular e reduzir dores e inflamações.

Mas será que o gelo realmente cumpre o que promete? Neste post, você vai descobrir os benefícios, a ciência por trás deste tipo de ‘tratamento’, além de entender como ela pode ser incorporada na sua rotina de treinos.

O que é crioterapia?

A crioterapia consiste no uso de baixas temperaturas para fins terapêuticos. Existem diversas formas de crioterapia, desde aplicações locais de gelo até câmaras de crioterapia de corpo inteiro.

Essa técnica visa reduzir a temperatura dos tecidos, causando vasoconstrição (estreitamento dos vasos sanguíneos) e reduzindo o fluxo sanguíneo para a área afetada – o que tende a diminuir a inflamação, o inchaço e a dor.

Tipos de crioterapia

  1. Aplicação local de gelo: usada para lesões específicas como torções e contusões.
  2. Banhos de gelo: mergulho em água gelada, comum após exercícios intensos.
  3. Câmaras de crioterapia: exposição do corpo inteiro a temperaturas extremamente baixas por curtos períodos.

Benefícios da crioterapia

Redução da inflamação

Um dos principais benefícios da crioterapia é a sua capacidade de reduzir a inflamação. Após uma sessão intensa de exercícios, os músculos podem ficar inflamados devido aos microtraumas causados pelas contrações repetitivas.

A aplicação de gelo pode ajudar a reduzir essa inflamação, aliviando a dor e acelerando a recuperação.

Alívio da dor

O frio pode anestesiar temporariamente as terminações nervosas, proporcionando alívio quase imediato.

Recuperação muscular

A crioterapia pode ajudar a reduzir o acúmulo de ácido lático nos músculos, contribuindo para uma recuperação mais eficiente após exercícios intensos.

Com o uso regular, essa técnica não só melhora a recuperação pós-treino, mas também pode ajudar a manter o desempenho em níveis elevados, garantindo que os atletas possam enfrentar novos desafios com menos desconforto e mais agilidade.

A ciência por trás da crioterapia

Pesquisas sobre a eficácia da crioterapia apresentam resultados mistos. Alguns estudos sugerem que a técnica é eficaz na redução da inflamação e da dor, enquanto outros indicam que os efeitos podem ser mais psicológicos do que fisiológicos.

A percepção de alívio pode ser suficiente para muitos atletas, mas é importante lembrar que a crioterapia não substitui outras práticas de recuperação, como descanso e nutrição adequada.

Estudos relevantes

Publicado em 2015 no Journal of Athletic Training, um estudo sugeriu que a crioterapia pode reduzir a dor muscular de início tardio (doms) após exercícios intensos.

Uma revisão realizada em 2017 concluiu que, embora a crioterapia possa ser benéfica, os efeitos variam significativamente entre os indivíduos e a duração dos benefícios ainda é incerta.

Como incorporar a crioterapia na sua rotina

  1. Sessões curtas: mantenha as sessões de crioterapia entre 10 a 15 minutos para evitar danos à pele e aos tecidos.
  2. Uso consistente: para melhores resultados, incorpore a crioterapia regularmente, especialmente após treinos intensos.
  3. Combine com outras técnicas: utilize a crioterapia junto com alongamentos, massagens e uma boa nutrição para uma recuperação mais completa.

A crioterapia pode ser uma ferramenta valiosa na recuperação muscular e no alívio da dor, mas não é uma solução milagrosa. É essencial combinar essa técnica com outras práticas de recuperação e sempre consultar um profissional de saúde antes de iniciar qualquer novo tratamento.